sábado, 18 de agosto de 2018

Formação Saberes Indígenas na Aldeia Boca da Mata- módulo I 2018


Por Emanilson Braz

Aos dias dez e onze do mês de agosto do ano corrente de dois mil e dezoito, realizei a formação como orientador do Curso do Saberes Indígena, na Escola Indígena Pataxó Boca da Mata com os Cursistas desta seleção de 2018. De início fizemos a oração em Patxohã e o awê. Em seguida, houve a apresentação dos membros da unidade escolar diretor e coordenadores que deram boas vindas e acolhimentos ao grupo e, ainda a apresentação da equipe que compunha a formação. Entretanto, fizemos uma explanação sobre como surgiu, e como está sendo desenvolvidas as atividades no território do programa no território Yby Yara. Assim sendo, seguimos com a leitura do texto “Primeiros passos pelos caminhos da alfabetização e do letramento das múltiplas linguagens na Educação Escolar Indígena” (Maria Geovanda Batista-UNEB/CEPITI/ LICEEI). Desta maneira prosseguimos até o meio dia, tivemos um almoço coletivo no próprio espaço escolar.
Retomamos com as discussões sobre a leitura do texto, houve bastante participação dos cursistas nas suas falas estava presente o fato de ser possíveis inovar as suas aulas, produzirmateriais de acordo com que esta metodologia aproxime das convivências dos estudantes para que eles possam entender e participar ainda mais das propostas que a Educação Escolar indígena pode oferecer, para que desta maneira haja interesse, concordância e satisfação por parte de todo o grupo escolar.
Deste modo, para complementar o tema “Vivência da pintura corporal” convidamos dois professores indígenas para contribuir com a apresentação dos seus trabalhos de pesquisas-TCC, Edimarcos Ponçada, cujo tema, A etnomatemática na pintura do povo Pataxó e Sebastiana Poçada, com as pesquisas sobre moytõxo’ wãy: pintura corporal e identidade Pataxó. Após as apresentações os cursistas sinalizaram a importância de se pesquisar estes assuntos os quais são da nossa própria realidade, sendo uma maneira de valorização e respeito da cultura Pataxó.
No dia seguinte, iniciamos com a oração e o awê, em seguida a I etapa com as discussões sobre Educação Escolar Indígena: que escola temos e que escola queremos? Continuamos abordando a vivência da pintura corporal, realizamos uma oficina de pintura corporal, eles trouxeram materiais utilizados para a pintura tais como: barro, urucum, jenipapo, carvão e pincéis, prepararam as tintas e, em dupla um fez a pintura corporal no outro. Após este tempo, fizemos em dupla a produção textual sobre o que significou aquele momento e quais sentimentos transpareceram enquanto cada um recebia a pintura. E ainda, fazendo uso da oralidade eles expuseram as possibilidades e desafios de trabalhar a educação diferenciada usando eles este método em sala de aula. No que revelaram as diversas maneiras de abordar este assunto nas suas práticas de aula com o fito de analisar como está o processo de alfabetização e letramento na escola indígena. Para complementar fizemos em grupo a leitura do texto “Letramento ou Escolarização? Escola e projeto de sociedade” de Domingos Nobre. Continuamos com a socialização/debate sobre a realidade abordada no texto. Portanto, seguimos com as atividades em grupo para a elaboração de uma sequência didática para ser desenvolvida em sala de aula de maneira que fortaleça os conhecimentos propostos: pinturas corporais, artesanatos pataxó, ervas medicinais, jogos indígenas, músicas pataxó, lutas e movimentos. Sobre os quais os professores cursistas podem construir propostas de trabalhos que relacione os saberes construídos com as experiências, proporcionando um ensino e aprendizagem de maneira específica e diferenciada para a escola indígena pataxó. Depois desse momento, encerramos o encontro com a avaliação da formação, sobre a qual, falaram das contribuições que este programa ofereceu com as atividades que estimulou os professores a refletir nas suas práticas em sala de aula.
Awêri!

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