Por Emanilson Braz
Aos
dias dez e onze do mês de agosto do ano corrente de dois mil e dezoito, realizei a formação como orientador do Curso do
Saberes Indígena, na Escola Indígena Pataxó Boca da Mata com os Cursistas desta
seleção de 2018. De início fizemos a oração em Patxohã e o awê. Em seguida,
houve a apresentação dos membros da unidade escolar diretor e coordenadores que
deram boas vindas e acolhimentos ao grupo e, ainda a apresentação da equipe que
compunha a formação. Entretanto, fizemos uma explanação sobre como surgiu, e
como está sendo desenvolvidas as atividades no território do programa no
território Yby Yara. Assim sendo, seguimos com a leitura do texto “Primeiros
passos pelos caminhos da alfabetização e do letramento das múltiplas linguagens
na Educação Escolar Indígena” (Maria Geovanda Batista-UNEB/CEPITI/ LICEEI). Desta
maneira prosseguimos até o meio dia, tivemos um almoço coletivo no próprio
espaço escolar.
Retomamos
com as discussões sobre a leitura do texto, houve bastante participação dos
cursistas nas suas falas estava presente o fato de ser possíveis inovar as suas
aulas, produzirmateriais de acordo com que esta metodologia aproxime das
convivências dos estudantes para que eles possam entender e participar ainda
mais das propostas que a Educação Escolar indígena pode oferecer, para que
desta maneira haja interesse, concordância e satisfação por parte de todo o
grupo escolar.
Deste
modo, para complementar o tema “Vivência da pintura corporal” convidamos dois
professores indígenas para contribuir com a apresentação dos seus trabalhos de
pesquisas-TCC, Edimarcos Ponçada, cujo tema, A etnomatemática na pintura do povo
Pataxó e Sebastiana Poçada, com as pesquisas sobre moytõxo’ wãy: pintura
corporal e identidade Pataxó. Após as apresentações os cursistas sinalizaram a
importância de se pesquisar estes assuntos os quais são da nossa própria
realidade, sendo uma maneira de valorização e respeito da cultura Pataxó.
No
dia seguinte, iniciamos com a oração e o awê, em seguida a I etapa com as
discussões sobre Educação Escolar Indígena: que escola temos e que escola
queremos? Continuamos abordando a vivência da pintura corporal, realizamos uma
oficina de pintura corporal, eles trouxeram materiais utilizados para a pintura
tais como: barro, urucum, jenipapo, carvão e pincéis, prepararam as tintas e,
em dupla um fez a pintura corporal no outro. Após este tempo, fizemos em dupla
a produção textual sobre o que significou aquele momento e quais sentimentos
transpareceram enquanto cada um recebia a pintura. E ainda, fazendo uso da
oralidade eles expuseram as possibilidades e desafios de trabalhar a educação
diferenciada usando eles este método em sala de aula. No que revelaram as
diversas maneiras de abordar este assunto nas suas práticas de aula com o fito
de analisar como está o processo de alfabetização e letramento na escola indígena.
Para complementar fizemos em grupo a leitura do texto “Letramento ou
Escolarização? Escola e projeto de sociedade” de Domingos Nobre. Continuamos
com a socialização/debate sobre a realidade abordada no texto. Portanto,
seguimos com as atividades em grupo para a elaboração de uma sequência didática
para ser desenvolvida em sala de aula de maneira que fortaleça os conhecimentos
propostos: pinturas corporais,
artesanatos pataxó, ervas medicinais, jogos indígenas, músicas pataxó, lutas e
movimentos. Sobre os quais os professores cursistas podem construir
propostas de trabalhos que relacione os saberes construídos com as
experiências, proporcionando um ensino e aprendizagem de maneira específica e
diferenciada para a escola indígena pataxó. Depois desse momento, encerramos o
encontro com a avaliação da formação, sobre a qual, falaram das contribuições
que este programa ofereceu com as atividades que estimulou os professores a
refletir nas suas práticas em sala de aula.
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