sábado, 27 de outubro de 2018

Formações dos Saberes II Módulo 2018

As formações de professores indígenas do II módulo do Programa Saberes Indígenas na Escola aconteceram em diversos pontos na região do Extremo Sul e Sul da Bahia, envolvendo os três povos indígenas. Esse módulo teve como objetivo a Avaliação e o planejamento nas escolas indígenas. A formação para os professores orientadores referentes a esse II módulo aconteceu durante os dias 16, 17 e 18 de agosto de 2018 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), em Porto Seguro/BA. Em sequencia, esses professores orientadores organizaram e realizaram as formações com os professores cursistas nas aldeias. A formação dos professores Pataxó da região de Santa Cruz Cabrália, aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de setembro na Escola Indígena de Coroa Vermelha; para os Pataxó da região do Prado aconteceu na Aldeia Águas Belas no Centro de Vivência da comunidade, durante os dias 29, 30 e 31 de agosto; parte dos professores do Território Barra Velha reuniram-se nos dias 12, 13 e 14 de setembro na Escola Indígena Pataxó Boca da Mata no município de Porto Seguro. Os professores Tupinambá da região de Ilhéus realizaram sua formação na sede da Associação dos Machadeiros nos dias 05, 06 e 12 de setembro em Olivença, os professores Tupinambá da Serra do Padeiro se reuniram nos dias 03, 04 e 05 de setembro no Colégio Estadual Indígena Tupinambá na Serra do Padeiro; Os professores Pataxó HãHãHãe realizaram as suas formações nos dias 04, 05 e 06 de setembro no Colégio Estadual Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu. Essas formações aconteceram posteriormente às formações com os professores orientadores indígenas, que por sua vez, organizaram e realizaram as formações com os professores cursistas nas aldeias.
O III módulo da formação dos Saberes Indígenas na Escola iniciou no dia 17 e segue até o dia 19 de setembro no IFBA, de Porto Seguro/BA, onde estão sendo planejadas as formações que serão aplicadas nas aldeias. Nesses módulos são discutidos diversos assuntos relacionados à Educação e Luta dos povos indígenas. Neste módulo o objetivo geral é discutir temáticas tais como Planejamento Interdisciplinar, Metodologias de Ensino da Língua Indígena, Educação Inclusiva e Sociabilidades Infanto-juvenis na perspectiva das reflexões dos Conhecimentos, Saberes, Práticas e Artes Indígenas.



quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Relatório da Formação Saberes Indígenas - Aldeia Velha

 Por Ademário Pataxó

O presente relatório tem por objetivo de relatar a Formação dos Saberes Indígenas na Aldeia Velhamunicípio de Porto Seguro, nos dias 10 e 11 de agosto com a participação dos 12 cursistas e membros da comunidade que foram convidados. Registramos a presença do Coordenador de ação, a presença da Diretora da Escola Indígena Pataxó Aldeia e sua equipe de apoio.
  
Vivendo em uma sociedade voltada aos valores, tudo possui um valor material e simbólico para a comunidade indígena. Ainda pode-se afirmar que a forma de se avaliar ou afirmar tais valores segue de forma contrária, logo, passamos a ver os traços culturais não como valores materiais (o que podemos ganhar com o que produzimos de artes e artefatos), mas de valor cultural para a comunidade indígena como as danças, as pinturas, os rituais e as formas de como as histórias são transmitidas e toda uma forma cultural que nos traz a identidade ao longo dos anos. Trazem também um valor maior que é os saberes dos mais velhos.
Visto dessa forma, venho afirmar com as atividades realizadas pelos cursistas que estão nos Saberes Indígenas. Podemos sim utilizar de experiência de ambas para o aprimoramento da forma de ensino dentro de nossas escolas e sempre as metodologias e as formas de avaliação, pois a escola faz parte do espaço geográfico da comunidade, ela transforma a forma de pensar e de agir dos que ali vivem ou se relacionam com ela, a escola, é parte integrante da preservação e manutenção da cultura e de uma educação de qualidade, especifica e diferenciada dentro de sociedade envolvente em termos culturais e sociais.
Vemos que a educação é uma arma valiosa para incentivar nossos costumes e tradições. 

Nas atividades trabalhamos a importância e o valor da pintura para nós Pataxó, dando significados para cada ação praticada pela pintura.Como:
·         As lagrimas que ainda desce, quando estamos na luta.
·         O fortalecimento Cultural e o estado do espírito (a força espiritual);
·         A revitalização da cultura, representação das aldeias, Txôpay o responsável por todas as nossas conquistas e vitórias de luta
·         A força da sucuri, A colmeia: força, união, renovação,
·         O símbolo masculino e feminino, a força da mulher.
·         Resistencia, retomada, vivencia e brincadeira e ser criança, coragem, confiança, a mulher e a terra, compromisso e responsabilidade
Analisando a pedagogia de Zabelê, (História de Zabelê e sua metodologia):
Ø  Organização escolar:
Ø  Metodologia e confecção de artesanato;
Ø  Passagem de conhecimento e a pedagogia pataxó;
Ø  As formas de desenho, escrevendo na areia, ensino através da imagem,
Ø  Reflexão de sobre as crianças de hoje e as crianças da década de 90;
Ø  Homenagear os velhos quando eles tiverem vivos;
Ø  A criança já vem letrada;
Ø  Família estão mudando de perfil (religião);
Ø  Revitalização e protagonismo.
Ø  Não tinha escola mais já tinha ensinamento. (Produção de brinquedo, musica, história, causo, brincadeiras, confecção de artesanato, pesca, natação, fazer roça eplantios: plantar, cuidar e colher... fazer casa, tarimba,
fogão, cerca de madeira...)
A formação dos saberes indígenas tem como objetivo fundamental de fortalecer o entendimento de uma visão e prática pedagógica ativa e diferenciada dos Pataxó, conhecendo a diversidade cultural como princípio fundamental da própria especificidade de cada povo.
No decorrer da formação foram convidados alguns membros da comunidade Indígena Aldeia Velha para contemplar as atividades desenvolvida na formação. Desta forma busca-se fornecer um aprendizado dinâmico e completo.

v  Os convidados:

Senhor Buriti: Ancião da Aldeia Velha. Nos trazem conhecimento de como ele aprendeu a valorizar o que tinha. O aprendizado dos costumes, valores e crenças se manifesta em relação ao passado e trazendo para uma reflexão no presente em diferentes espaços. A diversidade do saber está em nossa casa, família e comunidade, por exemplo: o conhecer das plantas e plantar as ervas medicinais para os preparos dos remédios caseiros, isso é como um preparo para enfrentar as diferenças regionais, sotaques, expressões e costumes diferentes, seja urbana ou rural.
Aline Pataxó ex-aluna da UFMG e professora indígena: Exibi um vídeo, em seguida ela fala da luta das mulheres da Aldeia Velha. A importância do trabalho e o valor que elas têm pra comunidade. No trabalho de conclusão ela faz uma homenagem a todas as mulheres da Aldeia Velha, isso é muito importante para que possamos olhar mais para as nossas guerreiras.

Ahnã Pataxó ex-aluna do IFBA/LINTER, professora indígena e liderança: ela traz em seu trabalho de conclusão de curso a importância dos jogos indígena de Porto Seguro o fortalecimento cultural.Nas suas falas traz consigo o viver de uma prática pedagógica ativa e diferente na revitalização de alguns costumes tradicionais que estava ficando adormecido, as crenças e o próprio protagonismo do povo indígena. Ela reforça na sua fala a importância dos intercâmbios entre as comunidades vizinhas, as trocas de experiências, a importâncias das diversidades de pinturas e adereços pataxó confeccionados pelos os mesmo, o fortalecimento e a valorização da Língua Patxôhã (Língua Pataxó) na comunidade e na escola.

Os cursistas fazem as atividades relembrando alguns momentos de suas infâncias. Desta forma evidenciamos a pluralidade cultural.
Ao ouvir as experiênciasdos cursistas pensamos em trabalhar uma metodologia que visa buscar a participação ativa das lideranças junto com os alunos, professores indígenas e não indígenas para uma inovação de aprendizado e consequentemente a valorização e formação locais com conhecimento tradicional e cientifico. Para trilharmos um caminho diferente, é preciso superar o objetivo básico e a modelo educacional ocidental. Deve-se transformar radicalmenteas concepções e linguagens convencional do desenvolvimento e sobre tudo do progresso que nos foram impostas há mais de quinhentos anos.

 A nossa proposta pedagógica é trabalhar e valorizar a nossa realidade e fortalecer a nossa pedagogia ativa. Valorizando os saberes dos nossos velhos, para ser trabalhado junto com os saberes científicos.

Agradecemos a presença de todos que fizeram parte diretamente e indiretamente dessa formação realizada na Escola Indígena Pataxó Aldeia Velha.




quarta-feira, 29 de agosto de 2018

FORMAÇÃO SABERES INDÍGENAS NA ESCOLA- Aldeias de Prado e Pé do Monte









Amigos e amigas!

 Nossa formação do Saberes Indigena realizado na aldeia Pé do Monte, foi maravilhosa. Não tenho nem palavras para dizer o que foi esse encontro. Agradecer a professora Geovanda e todos os nossos cursistas e em especial a essa comunidade que sempre nos acolhe muito bem. A professora Dalva o professor Perivaldo e os monitores da UNEB. Ao professor Tohõ por ter nos dado a oportunidade de participar do ritual sagrado e recarregar as nossas energias.( Cristiane Oliveira- Professora Orientadora do Saberes Indígenas)









Atividades de Formação entre Cursistas, Coordenação de Ação e Orientadore(a)s, Formadore(a)s dos Saberes Indígenas na Escola do Município de Prado e do Entorno do Pé do Monte Pascoal entre 09 e 11 de Agosto de 2018



1- Objetivos: 2- Propiciar uma reflexão crítico-teórica da experiência da pintura e escrita corporal como pré-requisito do processo de apropriação da leitura e da escrita alfabética e, princípio intercultural do processo de letramento. 3- Iniciar o processo de avaliação diagnóstica da escola indígena que temos à que queremos.



EDUCAÇÃO INDÍGENA E EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: QUE ESCOLA TEMOS E QUE ESCOLA QUEREMOS?
1º dia – 09 de agosto de 2018 8:30 –ABERTURA: Awê 9:00 – Roda de Conversa: Apresentação dos presentes das escolas, comunidades e equipe de Formadores 1- Coletivo Responsável: Maria Geovanda Batista (UNEB/CEPITI - Coordenadora de Ação); Cristiane Maria de Oliveira; Perisvaldo Rodrigues Azevedo; Dalva dos Santos Santana (Supervisore(a)s) e Educadore(a)s Locais circunvizinhos do Pé do Monte Pascoal).


9:30 – Vivência Intercultural: Pintura e Escrita Corporal entre cursistas, formadores e pessoas da comunidade: - Preparação da tinta e do ambiente; - Pintura propriamente dita Roda de Conversa - Socialização da experiência de pintar e ser pintado - Explorando os diferentes sentidos e significados postos em jogo para serem desconstruídos e reconstruídos coletivamente sobre a pintura e escrita corporal como parte do processo de letramento intercultural.
12h – Parada para o almoço 13:30 – Trabalho em Grupo: Leitura e Discussão coletiva do texto preparado pela profa. Maria Geovanda Batista: Primeiros Passos pelos Caminhos da Alfabetização e do Letramento das Múltiplas Linguagens na Educação Intercultural Indígena. O que é Linguagem? Para que serve? O porquê do letramento entre os Pataxó nas aldeias?

( Segue abaixo o principal fragmento do texto que orientou a atividade, foi lido e refletido primeiro, nos grupos de estudo, depois na plenária )
Ábwa - Amix : Ler e Escrever - Alfabetização e Letramento Intercultural Indígena Pataxó “Demorei muito a ter contato com a escola (...) porque os índios sofriam preconceitos por parte dos não-índios. Minha família vivia com medo por tudo o que tinham vivido antes (fogo de 
1951), sendo assim, obrigados a esconder sua cultura e suas origens. A educação que tive primeiramente foi a educação cultural por Luciana Maria Ferreira (Zabelê) ajudada pela sua filha. Esse conhecimento ocorreu em rodas de causos contados por ela perante os sobrinhos e netos, principalmente. As aulas eram de dia, o aprendizado incluía escrita de nomes e contagem dos números. Posicionada no centro da roda, Zabelê entoando a chula a seguir, dançava com um graveto na mão encenando estar escrevendo no chão. Mas, ao invés de letras, traçava linhas e rabiscos aleatórios no chão. Pois, Zabelê não sabia ler nem escrever: “Caboco de Pena, escreva na areia. Caboco de Pena escreva na areia! Escreva meu Caboquinho o nome da aldeia. Escreva meu Caboquinho o nome da aldeia”. Tinha vez que as letras do alfabeto e os numerais desenhados no chão de areia se misturavam às delícias da gastronomia Pataxó que minha avó Martinha (Dona Buru) chegava para a gente degustar. Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Universidade do Estado da Bahia Saberes Indígenas na Escola Território Yby Yara5 Peixe na patioba, beiju, farinha de coco e tapioca . . . A comida era a recompensa para quem dançasse e escrevesse o nome correto na areia. Catar sementes na mata, conchas na beira da praia, fazer colar, cortinas, abajour, se transformava em oportunidades para a gente aprender a contar, escrever os números, resolver operações mais simples.  Quem se destacasse no que fazia e demonstrava aprender, ganhava a vestimenta mais enfeitada para dançar na festa da puxada do mastro de São Sebastião em Cumuruxatiba no dia 20 de janeiro. (...) Assim,entre 11 e 12 anos (1986 – 1987) quando fui para a escola, já conhecia as letras do alfabeto, sabia escrever meu nome, contar e escrever os números. Portanto, se, o povo Pataxó se mantêm até hoje, tem sido graças aos mestres e às mestras da cultura como Zabelê, minha avó Buru e outras pessoas anônimas espalhadas por aí, dentro e fora das nossas aldeias”. (Professora Jandaia - Cristiane Oliveira, Aldeia Kaí, 2008)

15h30min – Plenária de compartilhamento da discussão do texto realizada em grupo: a experiência da escrita corporal e o processo de alfabetização e letramento com participação especial de Braga, liderança Pataxó da comunidade que se sentiu atraído pelo assunto.
18:00 – Jantar De 19h às 22h – Roda de Conversa e vivência em volta da fogueira com lideranças da comunidade e eucadore(a)s da rede de saberes
2º dia – 10 de agosto de 2018 8:00 – ABERTURA: Awê, Ministério da Educação Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Universidade do Estado da Bahia Saberes Indígenas na Escola Território Yby Yara8 8:30 – Plenária de socialização do Trabalho em Grupo: Rememorando as práticas e a experiência vivida com a escrita corporal e suas múltiplas relações com o letramento.
10:30 – Trabalho de Grupo: Planejamento e criação de atividades pedagógicas para o letramento intercultural na sala de aula. 12h- Parada para o almoço.
13:00 – Plenária de apresentação das atividades criadas e sugeridas em grupo para inclusão no planejamento. 15:00 – Discussão com participação de liderança da comunidade Pé do Monte: saberes indígenas como processo e produto da educação escolar e comunitária. 16:30 às 18h - Avaliação com Mediadore(a)s - Dalva Santana, Geovanda, Perivaldo e Cristiane .






3º dia – 11 de agosto de 2018 8:00 – ABERTURA: Awê
08:30 – Leitura do texto: O lugar do protagonismo das crianças indígenas na escola e no processo de letramento.
10:30 – Trabalho em Grupo: Preparação de Atividades que privilegiam o protagonismo das crianças para serem desenvolvidas na prática pedagógica
11.30: Apresentação e discussão das atividades planejadas e compartilhadas 12.30: Parada para o almoço 13.30h – Preparação de documento sobre a problemática enfrentada pela escola indígena Pataxó do Trevo do Parque, para ser encaminhado à Coordenação da Educação Escolar Indígena na SEC-BA. De 14.30h às 16h - Avaliação Final do Encontro de Formação e Sugestões para o próximo, agendado na Aldeia Águas Belas, Escola Indígena Pataxó Bom Jesus, de 29 a 31 de agostos, próximos. Considerações Finais O envolvimento e interesse demonstrado pelo tema e atividades propostas servem de indicador para avaliarmos sua pertinência programática para formação do(a)s educadore(a)s indígenas numa perspectiva intercultural. O campo aberto de possibilidades de se tirar proveito da pintura corporal como uma linguagem que reúne saberes e práticas tradicionais indígenas é totalmente interdisciplinar, envolve saberes da terra, das árvores, do manejo e beneficiamento de seus frutos, cascas, folhas e raízes; saberes necessários à gestão territorial e socioambiental; saberes do corpo e da saúda; a memória de cada pessoa e da comunidade. Não foi difícil criar e desenvolver atividades com o(a)s participantes para serem realizadas nas salas de aula onde atuam. Com a atividade de leitura e vivência prática encaminhada, estaremos nos preparando para colocar em relevo no próximo encontro de formação, o protagonismo e a formação da co-autoria das crianças indígenas no processo do letramento e alfabetização. ( Texto extraído do Relatório Elaborado por: Maria Geovanda Batista -Coordenadora de ação dos Saberes Indígena na Escola em Prado)

sábado, 18 de agosto de 2018

Formação Saberes Indígenas na Aldeia Boca da Mata- módulo I 2018


Por Emanilson Braz

Aos dias dez e onze do mês de agosto do ano corrente de dois mil e dezoito, realizei a formação como orientador do Curso do Saberes Indígena, na Escola Indígena Pataxó Boca da Mata com os Cursistas desta seleção de 2018. De início fizemos a oração em Patxohã e o awê. Em seguida, houve a apresentação dos membros da unidade escolar diretor e coordenadores que deram boas vindas e acolhimentos ao grupo e, ainda a apresentação da equipe que compunha a formação. Entretanto, fizemos uma explanação sobre como surgiu, e como está sendo desenvolvidas as atividades no território do programa no território Yby Yara. Assim sendo, seguimos com a leitura do texto “Primeiros passos pelos caminhos da alfabetização e do letramento das múltiplas linguagens na Educação Escolar Indígena” (Maria Geovanda Batista-UNEB/CEPITI/ LICEEI). Desta maneira prosseguimos até o meio dia, tivemos um almoço coletivo no próprio espaço escolar.
Retomamos com as discussões sobre a leitura do texto, houve bastante participação dos cursistas nas suas falas estava presente o fato de ser possíveis inovar as suas aulas, produzirmateriais de acordo com que esta metodologia aproxime das convivências dos estudantes para que eles possam entender e participar ainda mais das propostas que a Educação Escolar indígena pode oferecer, para que desta maneira haja interesse, concordância e satisfação por parte de todo o grupo escolar.
Deste modo, para complementar o tema “Vivência da pintura corporal” convidamos dois professores indígenas para contribuir com a apresentação dos seus trabalhos de pesquisas-TCC, Edimarcos Ponçada, cujo tema, A etnomatemática na pintura do povo Pataxó e Sebastiana Poçada, com as pesquisas sobre moytõxo’ wãy: pintura corporal e identidade Pataxó. Após as apresentações os cursistas sinalizaram a importância de se pesquisar estes assuntos os quais são da nossa própria realidade, sendo uma maneira de valorização e respeito da cultura Pataxó.
No dia seguinte, iniciamos com a oração e o awê, em seguida a I etapa com as discussões sobre Educação Escolar Indígena: que escola temos e que escola queremos? Continuamos abordando a vivência da pintura corporal, realizamos uma oficina de pintura corporal, eles trouxeram materiais utilizados para a pintura tais como: barro, urucum, jenipapo, carvão e pincéis, prepararam as tintas e, em dupla um fez a pintura corporal no outro. Após este tempo, fizemos em dupla a produção textual sobre o que significou aquele momento e quais sentimentos transpareceram enquanto cada um recebia a pintura. E ainda, fazendo uso da oralidade eles expuseram as possibilidades e desafios de trabalhar a educação diferenciada usando eles este método em sala de aula. No que revelaram as diversas maneiras de abordar este assunto nas suas práticas de aula com o fito de analisar como está o processo de alfabetização e letramento na escola indígena. Para complementar fizemos em grupo a leitura do texto “Letramento ou Escolarização? Escola e projeto de sociedade” de Domingos Nobre. Continuamos com a socialização/debate sobre a realidade abordada no texto. Portanto, seguimos com as atividades em grupo para a elaboração de uma sequência didática para ser desenvolvida em sala de aula de maneira que fortaleça os conhecimentos propostos: pinturas corporais, artesanatos pataxó, ervas medicinais, jogos indígenas, músicas pataxó, lutas e movimentos. Sobre os quais os professores cursistas podem construir propostas de trabalhos que relacione os saberes construídos com as experiências, proporcionando um ensino e aprendizagem de maneira específica e diferenciada para a escola indígena pataxó. Depois desse momento, encerramos o encontro com a avaliação da formação, sobre a qual, falaram das contribuições que este programa ofereceu com as atividades que estimulou os professores a refletir nas suas práticas em sala de aula.
Awêri!

Formação do I módulo em Olivença


O I modulo dos saberes Indígenas foi iniciado na Aldeia Mãe em Olivença  nos dias 06, 07  e 08 de agosto de 2018, com a presença da supervisora Marcia Sanger, os coordenadores de ação Maria Cristiane dos Santos e Jaqueline de Jesus, os Orientadores Rosilene Souza, Rita Chaves e Admilson Amaral e os cursistas conforme a frequência em anexo.
Deu-se inicio com o Poransy, (canto tradicional)  logo em seguida fizemos uma atividades em grupo de auto avaliação do saberes indígenas como praticas em sala de pedagógicas do inicio até o presente momento. Terminando as atividades cada grupo fez-se as apresentações através de cartazes abrindo para debate onde cada um expressou suas praticas e dificuldades encontrada em sala de aula.
Márcia Senger falou sobre as ações dos saberes no ano de 2018 e deu alguns informes sobre a continuidade do programa.  Seguido a leitura compartilhada do texto primeiros passos pelos caminhos da alfabetização e do letramento das múltiplas linguagens na educação intercultural indígena. Após a leitura do texto foi aberto à discussão em que o mesmo trouxe em suas praticas pedagógicas através da vivencia de Zabelé como referencias, assim também como nossos anciões da aldeia tem grande historias  de vidas para ser contada servindo de exemplo para praticas de vivencia do cotidiano na aldeia.
A partir da leitura do texto, fomos para as praticas da pintura corporal, houve uma explanação sob observação da utilização da pintura corporal e a representação da mesma no momento em que é utilizada. Cada um trouxe uma perfil da pintura para cada cerimonial dos  Tupinambá utiliza, como exemplo na caminhada em memória aos mártires ( dor), nos jogos indígenas Tupinambá  (alegria), movimentos de protesto (luta), e outros.



Formação do I módulo do Saberes indígena Pataxó Hã-hã-hãe


Por Itohã

Aconteceu nos dias 26, 27 e 28 de julho do corrente ano, a primeira formação 2018 dos saberes indígenas, no Colégio Estadual da Aldeia Indígena Caramuru, no Município de Pau Brasil-Ba. Contando com a participação tanto dos professores cursistas, quanto aos demais professores que deram a sua contribuição nessa formação, todos juntos em busca de uma educação diferenciam, e igualitária. Diante das dificuldades enfrentadas os professores conseguiram envolver um bom numero de participante, e atender os objetivos e os anseios da comunidade.


Relato de formação por Arileia e Luzinete 

Formação do I Módulo do Saberes Indígenas no Colégio Estadual Tupinambá Serra do Padeiro.


Nos dias 25, 26 e 27 de julho do ano 2018, aconteceu no Colégio Estadual Indígena Tupinambá Serra do Padeiro a formação do primeiro modulo, programa saberes indígenas 2018. Essa formação foi coordenada pelo professor orientador Airan de Sousa Lima, com a colaboração dos professores Agnaldo, Maria da Conceição e Cássia Barbosa. A professora Cássia Barbosa apresentou seu trabalho de conclusão de curso trazendo como tema: Serra do Padeiro História, Identidade e Conflitos Século XXI.   Seguindo a professora Maria da Conceição que também apresentou seu trabalho de conclusão de curso, que teve como tema: Educação Indígena e Educação Escolar Indígena. Contamos também com a apresentação do Professor Agnaldo que apresentou seu trabalho de conclusão de curso, com o tema: Entre Fontes Bibliográficas e Memórias Orais na Prática da Educação Escolar Indígena; onde ressalta a história baseadas em fontes bibliográficas e nas memórias no âmbito da educação indígena e educação escolar indígena, tendo como exemplo a trajetória do povo Kariri - Sapuyá, umas das etnias que compõem o povo pataxó Hã-hã-hãe. Durante esses três dias os professores participaram ativamente das atividades propostas. Os mesmos realizaram atividades de pinturas corporais, fazendo as experiências dessas pinturas, que foi um momento de aproximação e aprendizagem, pois muitos professores nunca tinham feito essa experiência. Os professores traçaram propostas de atividades, visando fortalecer a nossa escola através dos nossos anciões, que é a fonte de sabedoria de nosso povo, e com isso nossa cultura é fortalecida cada vez mais.
Durante todas essas atividades os professores cursistas e alguns que participaram, fizeram a leitura dos textos: Primeiros Passos Pelos Caminhos da Alfabetização e do Letramento das múltiplas Linguagens na Educação e o texto do professor Domingo Nobre “ Letramento ou Escolarização? Escola e Projeto de Sociedade, que Escola Temos e Que Escola Queremos, fazendo com que os professores refletissem sobre as práticas pedagógicas em nossas escolas, buscando assim mudanças nos métodos de ensino, cada professor produziu textos relatando a real situação das nossas escolas indígenas buscando soluções de melhoras a partir do projeto saberes. Durante esses três dias de formação, todos os objetivos foram alcançados, os professores saíram entusiasmados com os trabalhos realizados, deixando já agendadas algumas visitas aos nossos anciões, para que nossa história seja contada através deles “ história viva”.